segunda-feira, 14 de julho de 2008

Vinteeumahorassemacharruim

Natal, 13 de julho de 2008.

Só deixei você porque não quero que você tenha nenhum problema com seus amigos. Sabia, né, cute? Pois é ... não queria ... faz tempo que não sinto esse nãoqueria ... Será que isso é bom? .... não sei. Agora não queria mesmo. Queria você aqui. E isso é bom. Bom sentir esse nãoqueriaquevocêfosse...
- Ei .. escuta essa .. “sugar on the floor” .. lindo né?
- É ....
- Cê enjoou da voz da Etta?
- Não ... ela tem uma voz linda...
Não sei se está mentindo .. pode estar .. tudo bem. Mentir para agradar é justo. É certo. Pode....
- Sabe ... morria de medo da loira do banheiro ... e da mulher com olhos de algodão .... Um amigo disse que, se estivesse sentado no muro – sabe .. morava em casa ... sentava no muro ... - e olçhasse bem fixamente para o chão, a mulhercomolhosdealgodão viria me pegar e me levaria para lá, dentro da terra ... morria de medo ... tomava banho de porta aberta ...
- Bobagem ... num tem loira nenhuma e algodão são as nuvens ... é .. as nuvens são de algodão ... tão lá..... algodão .. E se a noiva ficar triste, chora algodão ....
- ei .. seu peito ta cheio de neve ....
- Bobagem .. nUm tem neve no nordeste ... tem brisa ...
- I´ve gotta be going ... don´t wanna to .. but have too …
- Gonna let u there ….
“There´s no need to argue .. anymore …
I gave u all could but u let me so sore ….”
- Lindo isso … tchau …

solidão …

- Oi .. preciso falar com você .... mudei ...
- É legal lá?
- Pensei em voltar para a casa da mãe ... a chefe me odeia ... precisa ver a casa nova ...
- Muito ruim?
- Hã!?!.... Não quero mais falar ... Tá me fazendo mal ...
- Passa em casa .. to de férias ... Cê sabe que não quero seu mal ... nunca quis.
...
Ei, cute ... (5 cervejas e nenhuma blitze depois) ... cadê você ...???
Nenuma mensagem ... cê bebeu? Tomou o vinho que falou? Dormiu?
... ei .. quero dormir de conchinha ... é ... de conchinha ... e roncar ...
As pessoas roncam. Simples. Roncam .. tão cansadas .. respiram .. deixam a alma vagar .. roncam para provar que estão ainda ali .. perto ... longe, mas perto ... o ronco é o elo ...
To cum saudades ...
- Ei .. por que o teclado ta dançando?
(xinco cervejas .... nenhuma blitze ... o carro na garagem ... a tv ligada para ninguém ...)
Ei .. o jardim está apagado ... não tem luz no jardim .. não tem cute ...
Ei, cute ... quero dar um beijo na sua pintinha ... na sua pintinha das costas, na sua pintinha do ombro, na sua pintinha do braço ... cute ... cê tem um monte de pintinha ...
Tinha uma criatura com 4 pintinhas nas costas .... olhei .. não eram as suas ... besteira ... não gostei ...
Não são as pintinhas, são as coisas que você fala .... é seu cheiro ....
- Cê ta com cheiro de sexo ...
- Como é isso?
- Assim... o cheiro que você ta agora ... cheiro de sexo ....
- Não to conseguindo ... por quê?
- Ce ficou brincando muito ontem ... to cansado ..fisicamente cansado .... acho que vou dormir .. e as pernas não vão brincar de pipoca ...
...
“If u´re lost u can look and you will find me .. time after time ..”
Não sei …. Acho que ninguém ta procurando para me encontrar ... “No one will find me” a Cindy que tava certa ....
“ it´s not real if you don´t feel it .. unspoken expectations , ideals we use to play with …”
- Eei .. quero fumar mais não .. to enjoado ... dá pra chegar aqui e brincar de dormir de conchinha?
... vou dormir ... e brincar que o travesseiro é a pérola ... conchinha de travesseiro de perola azul ....
- Ei, Lú, cê ta chegando né?
.... ah .... queria tá em Iracema ... vendo a Jana brincar de fazer bolhas de sabão no Ceará. Ou seria Seara .. é ... uma seara de espuma salgada .. ei cute .. vamos brincar de ilha? (A Hilda vai ficar brava ... deixa ela .. ta enterada em Campinas ... coitada .. nem viu a ilha cercada de espuma da Jana ...)
...trintaeoitomenosdezesseisigualavinteeum ...
dezesseis ... tudo bem ... nem ligo .. tem pintinhas prá brincar ...e espuma na areia ...

sábado, 12 de julho de 2008

Paratempo! Corretempo!

Natal, 12/07/2008.
- Cê tá onde?
- No carro .. se me levantar, mijo .... te ligo.
... tic tac tic tac tic tac tic tac …
- Fiz merda ….
… tic tac tic tac tic tac …
“obrigado por sua sinceridade, se eu já gostava muito de você, agora gosto mais ainda ...”
É assim, ninguém perde por ser verdadeiro, por ser franco, por segurar forte o pau na boca e dizer “chicoteie” ... e pensar consigo “não vou gritar” ... e não gritar.
As razões que nos levam a fazer as coisas que fazemos quando fazemos do jeito que fazemos e fazemos e fazemos não são razões explicáveis pela fazeção da coisa .... são explicáveis por nada que possa se pensar explicante ... são as nossas razões.
Arcar com os quetais de nossos quetais é um ponto importante nos quetais da vida, nos quintais da vida... Errar ... humano. Sim. Humanerrar.... e errar e errar e errar e errar e rar rar rar ... ar ar ar ... arfar. Ufar...
É ufar. Ufar é o verbo que usamos depois que fazemos o que temos de fazer mesmo que não queiramos, mesmo fazer .... é preciso fazer. Fiz. Ufa! ... Ufei.
Enfrentei de frente o que tinha de enfrentar ... fragilizei-me, fui frágil, fiz, fiz ...e agora. Consertar? N~]ao dá ... Uma fez feito. Ta feito. Vira um defeito. Assim, simples. Se foi feito, fica o defeito. Não interessa se foi bem feito ou mal feito. O fato é que foi feito. Não tem jeito. Abre o peito .... ponto ... Ufa.
Que será que faz com que as pessoas, as coisas e as palavras sejam como são? Que será que faz com que ficar por aí ufando e ufando seja algo tão difícil para todos os outros que não querem ufar?
... Sei lá ... Ufei. Doeu ... mas ufei. Fiz. Disse que fiz. E daí? Bem .... daí que agora é preciso desfazer? Não .. tem que carregar consigo o defeito de ter feito ....
- Bem feito! Diz alguém que não sabe ufar. Foi idiota: Bem feito.
Sim, bem feito mesmo.
Ei, sabe .. tem um travesseiro lá no catre que gosto de recostar minha cabeça nele todas as noites. É, eu o catre, o travesseiro. O corpo no catre, o catre no chão, o travesseiro sobre o catre e embaixo da minha cabeça que recosta no travesseiro recostado no catre recostado no chão.
E lá, acima da cabeça recostada no travesseiro recostado no catre recostado no chão não tem culpa.
Culpa. Guilty!
Sim Não vai abrir nenhum buraco no chão .. não tem culpapesada (ou seria pesadaculpa?).
A culpa é assim. Parece uma broca de furar parede de concreto ... começa parecendo um motorzinho de dentista (que já é desagradável) acaba parecendo uma britateira (insuportável).
Dê um tiro na culpa. Mata ela! Shot the guilt!
There´s nothing to be guiltuy of
Our love, will climb any mountain
Near or far,
We are …. É a Barbra Estráizand (assim, com d mudo para ficar mais chique, porque a gente não pronuncia o i no final da palavra ... cê sabe, né? Fica assim parece que você assoprou o beiço inferior – chique o ingreis ...)
Ah, por que eu lembrei da Barbra? Ah .. Para ficar mais chique .. não para lembrar que não há o que se culpar ... fez merda. Beleza ... esfrega a merda na parece. Não esfrega o sangue na parede.... O sangue vai causar mais impacto .. ..
E depois? Num sei ...
... tic tac tic tac tic tac ...
- Posso te pedir um favor?
- Pida!
Ei ... ce consegue entender que as coisas não são assim tão fáceis ... o tempo (É aquele que bate na porta da frente e tem inveja de mim porque sabe passar e eu não sei) é o único que pode dizer o que está certo e o que está errado. O tempo traz rugas ... e traz outras coisas também: pelanca ...
- Pede, vai?
- Dá para parar ou adiantar o tempo?
- Não.
Simples assim .... não pára. páratempo! páratempo! corretempo! corretempo!
Não, ele responde. Calmamente. No seu próprio tempo.

Donadastetascomleitedecoco

São Paulo, um dia qualquer de 2005.
- O que você está fazendo?
- Não interessa.
- Para quê essa tela? “Deve ser para aquele idiota”, pensa.
E erra .... lojas, tintas, lojas, tintas, pincéis, tintas, pincéis, ....
- Tem laranja? Me dá uma ...
... passos ... sol .... passos .. sol .. suor ... gente.
- Para que tudo isso?
- Para você pintar sua vida .... Ta aí, em branco. Pinta sua vida.
“Filho da puta!”, pensa. E erra. Quem chupa peitos de mãe de olhos azuis não é filho da puta. Porra, ta morta, ela ... nem tem vida para pintar ... Tem sim .. pode pintar uma tela preta com olhos azuis ... e tetas cheias de leite, ah .. só uma teta, arrancou uma ... e enterrou antes .... sórdido isso .... Pinta uma cicatriz também ... um queloma ... uma teta queloma ...
...
- Que tela é essa?
- Não interesa ... é minha ... “se perguntar de novo, solto uma barata bem na sua perna .. procê gritar feito louco pela casa” , pensa. Não precisa. Silêncio. Discovery Channel ...Vicky .... menta no ar .....
...
Casa nova ... um lugar para a tela ... uma cela para a tela .... a tela na cela .. que coisa. E a vida a ser pintada ... a pintora, na sela ... domando os leões que sempre cavalgou... ei, pega o pincel, pinta, tem tinta, sinta .. já passou dos trinta ...
tinta, trinta.... a tela, a cela, a sela ... aroma de macela ... (não é má cela, é macela, isso, a erva ..)
tenta ... não é de menta (este pedaço é daqui, é de menta ... que ridículo .. só para rimar (nada haver com Vicky) ... mas tem brisa aqui ... tem frisa .. tem lisa .. é .. tem cara lisa ... afagada pela brisa ...
... No dia que fui mais feliz, vi um avião se espelhar no seu olhar ... mulher sem razão, ouve seu homem, ouve seu coração ... batendo travado ... trava uma briga com os pincéis e pinta, tem tinta ... já falei ...
Ei, e as tetas .... vão crescer .. tem um cabeção a crescer a crescer a crescer a nascer, a viver, a saber a sofrer, a viver sofrer viver, e viver para não sofrer ...
E as tetas vão estourar ... tem leite ... e tem queloma .. ei cabeção, vô cuidá docê .. e não fique aí se rebolando todo na minha barriga não, que tenho que trabalhar para esquecer os quelomas ....
ah .... o avião .... se espelhando ....
Brás tiziul .... no Brás ill, sim ... ill .... illness que se cura com brisa ... e vendo o mar, não da frisa, mas das cadeiras da frente, de frente, rente, sente,
olha ... cura com brisa ... brisa que Janaina sopra ... sem bafo de nada porque ela não quer ser pega na blitze do álcool ... Lei seca até pára Janaína ... coitada .. até a champagne foi esquecida. Nos barquinhos que recebe, coca-cola zero .. nem água de coco ... ela tá louca de ódio .... Tem um Buchanas lá, mas só gosta de tomar com água de coco...
- Com cocacolazeroeunumtomo!, fala.
Daí, assopra com cheiro de Listerine ... é Jana é é assim, toda surpresa. Odoiá ...

Louca de pedra
Uma deusa de luz
Carente, claro!
Intimista,
Antagônica,
Nada tradicional ....
Adorada ... por todos ....

Ah ... ei cabeção, cê qué água de coco? Vô compra procê ... vai tomá leite com gosto de água de coco ... leite de coco na teta ... chique você ... e vai ter até brisa procê aqui ...
E procê donadastetascomleitedecoco tem o leite de coco, o coco, o xêro, o ombro, a brisa, a sodade -como diz a Cesária (analfabeta, ela, dialetal)-, o ombro, o amigo, o colega, o camarada, o irmão, o sermão ... o montão ... um mundão .... um refrão ...
E nada de chuva on your wedding day .... tem holliday ….
Xiii, não teve wedding day … mas teve tudo o que se pode ter (e todo mundo tem) depois do wedding day … mother in law, brother in law, tudo in-law … law ….
E a law, agora, é ser feliz … e ver o avião se espelhar no seu olhar ... porque quando um homem tem uma mangueira no quintal, ele não é goiaba ... (Foi a Vanessa, é aquela que é da Mata, e é Neguinha, mas não é de Oxossi, que falou) ...
E esperar a teta crescer, o cabeção nascer (com cara de joelho, claro!) ... e ser mãe, entre árvores e esquecimentos ... fora de todas as lógicas
... mãe, só ...
e feliz ... e sem ter que matar baratas ... papai não tem medo de barata, cabeção ... e você também não terá ... senão, salpico cacos de vidro no chão que engatinhaste, curumim que cresceu bebendo leite de coco na teta.
To brincando, filhodamãequetemtetacomleitedecoco, se tiver, mato procê ... o pai mata procê, a mãe mata procê ... Bê mata procê ....viu, curumim ... tem gente pra caralho pra protegê suncê ...
Dezessete, né? Ta chegando o avião para espelhar no meu olhar ... até sumir ... subir ... fruir ... usufruir ... Cansei, ta ficanu xato!
Ei, donadastetascomleitedecoco,
Trouxeste a chave da cela da tela?

Trouxeste a chave?

Natal, 10 de julho de 2008.

Trouxeste a chave? A pergunta não é minha. Claro. É do Carlos .... O Carlos tem umas bobagens ... que chave? Para que a chave? Fala, o doido, que é para entender as palavras... ele sabe que existe dicionário? Sei não ... sabe não ... sabes não ...
Prefiro achar que a chave é para eu sair para fora de todas as casas, de todas as lógicas, de todas as sacadas ... e ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos ...
... outro doido....
Ser selvagem para quê? E quem é que quer ser qualquer porra entre esquecimentos ....
Não quero esquecer, não vou esquecer, não esqueço ... amorteço a lembrança com não-lembrança. É isso ... nada de não esquecer ... nãolembrar, estou nãolembrando ... e lembro ...
Lembro do tempo em que festejavam os dias dos meus anos ... entre a família ...
Xiii, menti. Não festejavam dias dos meus anos ... menti de novo .... trouxeram um bolo uma vez ... foi lá na cozinha, um bolo ... Parabéns pra você, nesta data querida ...
Mentira .... que data querida é essa? Ela, a mãe, se morrendo de dor ... as contrações dilacerando, dilatando a alma ... e o cabeção a sair, a gritar .. uneeéééééhhhhhh ... choro de criança .. bah!
“Droga ... mais uma infeliz boca para dar de cumê ...” pensa a mãe ...
Seus olhos azuis se retorcem. Teria ódio??? Não! Raiva ... raiva de ser incompetente e não ter conseguido (de novo!) matar aquela criança que crescia na sua barriga .... que ódio .. não, não era ódio, era raiva ... incompetência .... eita ... ser incompetente para matar deveria ser algo bom ...
Ah, a chave ... a chave era ter conseguido e não ter de passar por tudo isso de novo. Os peitos inchados ... leite .... ao menos isto teria .... era teta de 2 litros cada ... a criança iria ficar chupando, chupando, chupando, pegando na orelha .. é, o idiota só dorme se pegar na orelha .. Inferno ... e cortando o bico dos seios com aquela boca infeliz ... mais uma boca ...
A chave, trouxeste?
Não .. não tem chave ... tem clave ... tem grave, tem trave, tem brave ... é de bravear ...
Passar a vida braveando com tudo, sem medar nada, só bravear ... bravear ....
E o jardim sem nenhuma borboleta ... é ... as borboletas vão-se embora quando o jardim tá seco ... a chave da torneira que derrama a água do Pedro está sumida ... o Pedro nem quer saber, ta bêbado .. pegou a cerveja e nem deu pro coitado do faminto chupador de peito de mãe de olhos azuis ..
Também, a mãe de olhos azuis morreu, coitada! Tinha de morrer ... braveou, medou, morreu ... é ... e o povo que chupou seus peitos também já começa a morrer ... coitados, chupam peito, morrem.
E depois a Cesária fala que é doce morrer no mar ... só se for no mar dela .. o mar que conheço é salgado .... nada de doce ...
Só é doce ver a Janaina brincando de fazer espuma de sabão na beira da praia ... isso é doce ... e morrer também é doce ... doce amargo ... é, doido, tem doce amargo .... não conhece? Espere a sua vez ... vai sentir ... na morte, na sua e na dos seus ... morte que traz paz .... e traz dor ... dor e paz, paz na dor, dor na paz ... paz ... pás ...e a terra por cima .... singelo isso.
Depois cobre tudo de grama, fica tudo verde e seu nome aparece lá, na lápide ... Aqui jaz ... paz ... pás ...
...
...
E, ser selvagem .... na grama ...
(Será que as borboletas são selvagens?)

To medando ... ou não (como diria Caetano)

Natal, 9 de julho de 2008.
Cheguei em casa. Tô cansado. Tô bem .. é .... faz tempo que estar bem, como agora, não figurava na minha
cabeça oca e esbranquiçada pelas dores de viver ...
É, isso, mesmo, viver dá dores .. dá horrores, tremores, frisson ... mas sempre quis viver.
Ser grande é isso, saber que se quer viver e que se pode viver ... e viver não significa se despir .... ou se despindo
se vive, sei lá ....
Tem muitos jeitos de se despir ... o mais moderno, na net .... as pessoas despem-se na net .... despem-se de seu
caráter social para assumir seu outro (e melhor) caráter um caráter sem máscaras.
Encontro ...
- Oi ....
-Tava com medo de você ....
Desencontro ....
Roupas jogadas, almas despidas ... prazer.
É ... quem é você? Talvez você seja a chave da minha nudez ... e tô preocupado não ...
- Acabou o medo ....
É assim .. o medo se esvai quando dá lugar a outras coisas, coisas mais e menos importantes do que medar .
é, inventei de novo MEDAR .... eu medo, Tu medas, ele meda, nos medamos .... porra! você já entendeu.
Verbalizei o substantivo. Não gostou? Foda-se! Não entendeu que o verbalizar não é sinônimo de falar, se mate ...
É, se mate ... e quem sabe o mundo ganha mais alguma coisa ... a terra precisa de um certo adubo ...
Bem ... tô desnudo ..
E tô meio que sentindo uma vontade de me desnudar de novo ...
ei?!? Cadê minha chave? e foda-se quem dirigiu e escreveu "Toda nudez será castigada".
Não tô medando agora.

Escolhendo .. encolhendo ..

Natal, 08/07/2008.
É assim .... sempre temos de escolher o que faremos de nossas vidas, temos de saber
que queremos isto ou aquilo. Querer é poder, não! Tantas outras coisas estão no interstício
entre o querer e o poder ... o importante é saber. Sim. Saber. Saber que fazer o que queremos
é desgostar o que querem que façamos .... e fazer o que querem que façamos é desgostar o
que queremos ....
Não podemos esquecer de viver, de sentir, de querer .... de querer poder .... de saber que queremos
poder. E podemos.
Podemos sair pelas ruas, subir nos palanques, gritar, bradar, berrar, viscerar. É, viscerar.
Inventei, e daí .... eu posso inventar palavras e viscerá-las ao mundo.
Faço isso, viscero.
E ous outros, os outros não são os outros e só ... os outros visceram-me.
E eu ... aqui .... como uma nuvem que espera o tempo certo de derrramar.
É, vou me derramar. Me derramar na sua vida de tal forma que qualquer sol que queira
aparecer para me evaporar de ti será tapado por suas mãos que me afagarão .... que me
visitarão .... que me serão nossa. É .. sua mão será nossa.
Minha e sua ... nua.

Retrospectiva

São Paulo, 24/07/2004 (em retrospectiva)
- Oi ... está procurando alguma coisa?
- Ahh (pigarro na garganta) ... bemm ... não.
- Legal aqui, é?
- É ...
(...)
[no carro] ... pro amigo:
- Ei, você não quer esperar lá fora? Tá atrapalhando ...
[abaixa o ziper] ... gosta?
[pegação]
2005 ... 2006 ... 2007 ....
Natal, 02 de dezembro de 2007.
Oi ...
Tô aqui, pensando, pensando, pensando ... sofrendo. Todo o tempo que se passa a sofrer é um tempo bom.
Sofre-se porque se escolhe fazer as coisas, escolhe-se perder, escolhe-se ganhar, escolhe-se, encolhe-se ....
É a vida, encolher-se ... enconlher-se para viver, encolher-se para sofrer, encolher-se ... e esse se, aqui, é um nós,
um todo, um universo, um seiláoquê de coisas ....
Escolhi ... encolhi ... tô aqui ....
Você, não sei, tá por aí, no mundo, na vida, na lágrima ... aí ... por aí.
A vida passa, e passa tudo. É, passa, como com um ferro de engomar ... tudo fica liso.
A cara fica lisa (não de rugas, essas não são passáveis) ficamos lisos, frisos ... é ...
não ficamos lisos, ficamos frisos .... frisos ... frios ...fios ... fi ....
Tô, querendo saber de mim ... saber o que está em mim ...
Não sei... não quero mais saber.
Ei .. alguém tem um cerveja?

Não escrevo para você.

Natal, Um dia qualquer de 2008.

Ah ... hoje não estou com vontade de escrever para você,
quero escrever para mim. É isso mesmo. Preciso falar comigo.
E eu nem sei que sou para para escrever para mim mesmo, será que estou
enlouquecendo? Estou! E daí ... todo mundo é louco de uma certa forma e euvou ser louco para mim ....
Eu, moço, está me ouvindo? Está me lendo? É assim mesmo estamelendo, sem interrogação,
sem espaços, sem nada, simples, melendo ... eita, cortei o começo .... e daí ...
estou escrevendo para mim mesmo e posso cortar o que eu quiser. Eu mesmo vou ler e vou
colocar os pedacinhos que faltam nas palavras .... é isso mesmo: vou colocar os pedacinhos que
faltam .. em mim.
Falta e moção, vou lá, ponho um pedicinho de emoção ... e depois? Muita emoção, corto: moção.
Pronto. Tá ficando completo quando ira o e ... para que emoção se se pode ter apenas moção?
Porra ... tá chovendo .... vou tirar as gotas que caem do céu e vou ter um sol para olhar ...
ei, Pedrão, desliga a torneira!!!!!!