Natal, 20/01/2009.
A passos largos, largo no espaço os descompassos por que passo ... e vou ... vou para lugares em que estou comigo e sinto em mim o abrigo amigo de amigos que encontro por onde repasso ... e sigo com destino incógnito, mas sigo ... e jamais persigo.
Sou como qualquer coisa que se sente só e vive alegre na solidão que lhe cabe, que lhe cobre ... e assim se descobre.
Descobre que viver é ter interstícios, é sentir a vontade de continuar vivendo e poder realizar as vontades da vida que vive .... e sobrevive a todos e a tudo, porque viver é uma necessidade, uma ansiedade ... uma sobriedade,
ou não,
porque viver é também ter vontade de morrer, de fugir, de gritar, de se refugiar e si e se proteger de todo o bem que o mundo pode causar ...
e de todo o mal que o bem trazido pode causar ... mas, mesmo assim, continuar a respirar o ar em brisas quentes entre palavras úmidas e toques quentes na pele eriçada ...
Assim, vivo e revivo, a cada momento, os momentos nos quais parar era uma necessidade ... e continuar, uma obrigação.
Em alguns momentos, parei. E pude perceber que parar é também estar a caminho, é estar à procura de mais, é poder olhar à volta e dar a volta no olhar para sentir-se completo, repleto ... e poder dizer: parei, porque quis. Quis e fiz, portanto, pare de querer parar as minhas paradas. Elas são parte do meu caminho rumo ao meu destino ... sigo, então, parando nas paragens paráveis ... e sigo seguindo nas estradas ao longo do caminho.
Em outros, obriguei-me a continuar sem querer continuar ... mas continuei assim mesmo para poder sentir que seguir me levaria a outras paragens mais paráveis do que aquelas que deixava para trás ....
... e lá estavam elas ... e lá estão elas ... e lá estarão elas. Paradas, a minha espera.
Espero, então, caminhando, que as novas paragens se aproximem, que se ponham a minha frente e me façam parar de caminhar para poder olhar para o caminho e sentir o carinho de estar parado ... e seguindo .. e parado ... e seguindo ... mas sem jamais seguir parado. Porque a vida urge ... e o caminho é de pedra ... de pedras que me protegem da lama em que poderia me atolar.
Não me atolo, me atrelo. Atrelo-me a meus valores e calores, a meus amores e dores, a meus odores e sabores ... e sigo sinestésico nos caminhos que escolho ... e não me encolho, porque não tenho tempo.
Estou, então, aqui, a pensar que está na hora de querer mais e mais, de deixar de se contentar com fragmentos silenciosos de outros não-eus do caminho que hirto sigo, que hirto persigo ... e vou caminhando ereto por todos os eus que me habitam.
Você se foi e eu me enchi de mim, tornei-me repleto de mim mesmo e, assim, estou, novamente eu para todos os não-você que surgirem. Tem muito mais de mim aqui para viver do que tivera outrora ...
... estou, de novo, novo em mim. E sigo inovando os eus e todos os sentimentos que sinto existirem em mim ... sigo eu comigo, de mãos ao vento, soltas, libertas ... à espera de outras mãos que nelas peguem para seguirem todas juntas rumo ao destino incógnito, mas destino de mais de um, destino de eus e tus, não-eus, que sintonizam a vida na mesma estação, que pegam o mesmo trem e seguem trilhos paralelos ...
... estou, de novo, esperança ...
que bom! Estou me reconhecendo em mim ... estou me reconvencendo em mim ... e sorrio para mim mesmo.
Afinal, é bom voltar para casa e perceber que ela não está vazia, porque sou inquilino de mim mesmo, de novo.
A passos largos, largo no espaço os descompassos por que passo ... e vou ... vou para lugares em que estou comigo e sinto em mim o abrigo amigo de amigos que encontro por onde repasso ... e sigo com destino incógnito, mas sigo ... e jamais persigo.
Sou como qualquer coisa que se sente só e vive alegre na solidão que lhe cabe, que lhe cobre ... e assim se descobre.
Descobre que viver é ter interstícios, é sentir a vontade de continuar vivendo e poder realizar as vontades da vida que vive .... e sobrevive a todos e a tudo, porque viver é uma necessidade, uma ansiedade ... uma sobriedade,
ou não,
porque viver é também ter vontade de morrer, de fugir, de gritar, de se refugiar e si e se proteger de todo o bem que o mundo pode causar ...
e de todo o mal que o bem trazido pode causar ... mas, mesmo assim, continuar a respirar o ar em brisas quentes entre palavras úmidas e toques quentes na pele eriçada ...
Assim, vivo e revivo, a cada momento, os momentos nos quais parar era uma necessidade ... e continuar, uma obrigação.
Em alguns momentos, parei. E pude perceber que parar é também estar a caminho, é estar à procura de mais, é poder olhar à volta e dar a volta no olhar para sentir-se completo, repleto ... e poder dizer: parei, porque quis. Quis e fiz, portanto, pare de querer parar as minhas paradas. Elas são parte do meu caminho rumo ao meu destino ... sigo, então, parando nas paragens paráveis ... e sigo seguindo nas estradas ao longo do caminho.
Em outros, obriguei-me a continuar sem querer continuar ... mas continuei assim mesmo para poder sentir que seguir me levaria a outras paragens mais paráveis do que aquelas que deixava para trás ....
... e lá estavam elas ... e lá estão elas ... e lá estarão elas. Paradas, a minha espera.
Espero, então, caminhando, que as novas paragens se aproximem, que se ponham a minha frente e me façam parar de caminhar para poder olhar para o caminho e sentir o carinho de estar parado ... e seguindo .. e parado ... e seguindo ... mas sem jamais seguir parado. Porque a vida urge ... e o caminho é de pedra ... de pedras que me protegem da lama em que poderia me atolar.
Não me atolo, me atrelo. Atrelo-me a meus valores e calores, a meus amores e dores, a meus odores e sabores ... e sigo sinestésico nos caminhos que escolho ... e não me encolho, porque não tenho tempo.
Estou, então, aqui, a pensar que está na hora de querer mais e mais, de deixar de se contentar com fragmentos silenciosos de outros não-eus do caminho que hirto sigo, que hirto persigo ... e vou caminhando ereto por todos os eus que me habitam.
Você se foi e eu me enchi de mim, tornei-me repleto de mim mesmo e, assim, estou, novamente eu para todos os não-você que surgirem. Tem muito mais de mim aqui para viver do que tivera outrora ...
... estou, de novo, novo em mim. E sigo inovando os eus e todos os sentimentos que sinto existirem em mim ... sigo eu comigo, de mãos ao vento, soltas, libertas ... à espera de outras mãos que nelas peguem para seguirem todas juntas rumo ao destino incógnito, mas destino de mais de um, destino de eus e tus, não-eus, que sintonizam a vida na mesma estação, que pegam o mesmo trem e seguem trilhos paralelos ...
... estou, de novo, esperança ...
que bom! Estou me reconhecendo em mim ... estou me reconvencendo em mim ... e sorrio para mim mesmo.
Afinal, é bom voltar para casa e perceber que ela não está vazia, porque sou inquilino de mim mesmo, de novo.