sábado, 12 de julho de 2008

Escolhendo .. encolhendo ..

Natal, 08/07/2008.
É assim .... sempre temos de escolher o que faremos de nossas vidas, temos de saber
que queremos isto ou aquilo. Querer é poder, não! Tantas outras coisas estão no interstício
entre o querer e o poder ... o importante é saber. Sim. Saber. Saber que fazer o que queremos
é desgostar o que querem que façamos .... e fazer o que querem que façamos é desgostar o
que queremos ....
Não podemos esquecer de viver, de sentir, de querer .... de querer poder .... de saber que queremos
poder. E podemos.
Podemos sair pelas ruas, subir nos palanques, gritar, bradar, berrar, viscerar. É, viscerar.
Inventei, e daí .... eu posso inventar palavras e viscerá-las ao mundo.
Faço isso, viscero.
E ous outros, os outros não são os outros e só ... os outros visceram-me.
E eu ... aqui .... como uma nuvem que espera o tempo certo de derrramar.
É, vou me derramar. Me derramar na sua vida de tal forma que qualquer sol que queira
aparecer para me evaporar de ti será tapado por suas mãos que me afagarão .... que me
visitarão .... que me serão nossa. É .. sua mão será nossa.
Minha e sua ... nua.

Retrospectiva

São Paulo, 24/07/2004 (em retrospectiva)
- Oi ... está procurando alguma coisa?
- Ahh (pigarro na garganta) ... bemm ... não.
- Legal aqui, é?
- É ...
(...)
[no carro] ... pro amigo:
- Ei, você não quer esperar lá fora? Tá atrapalhando ...
[abaixa o ziper] ... gosta?
[pegação]
2005 ... 2006 ... 2007 ....
Natal, 02 de dezembro de 2007.
Oi ...
Tô aqui, pensando, pensando, pensando ... sofrendo. Todo o tempo que se passa a sofrer é um tempo bom.
Sofre-se porque se escolhe fazer as coisas, escolhe-se perder, escolhe-se ganhar, escolhe-se, encolhe-se ....
É a vida, encolher-se ... enconlher-se para viver, encolher-se para sofrer, encolher-se ... e esse se, aqui, é um nós,
um todo, um universo, um seiláoquê de coisas ....
Escolhi ... encolhi ... tô aqui ....
Você, não sei, tá por aí, no mundo, na vida, na lágrima ... aí ... por aí.
A vida passa, e passa tudo. É, passa, como com um ferro de engomar ... tudo fica liso.
A cara fica lisa (não de rugas, essas não são passáveis) ficamos lisos, frisos ... é ...
não ficamos lisos, ficamos frisos .... frisos ... frios ...fios ... fi ....
Tô, querendo saber de mim ... saber o que está em mim ...
Não sei... não quero mais saber.
Ei .. alguém tem um cerveja?

Não escrevo para você.

Natal, Um dia qualquer de 2008.

Ah ... hoje não estou com vontade de escrever para você,
quero escrever para mim. É isso mesmo. Preciso falar comigo.
E eu nem sei que sou para para escrever para mim mesmo, será que estou
enlouquecendo? Estou! E daí ... todo mundo é louco de uma certa forma e euvou ser louco para mim ....
Eu, moço, está me ouvindo? Está me lendo? É assim mesmo estamelendo, sem interrogação,
sem espaços, sem nada, simples, melendo ... eita, cortei o começo .... e daí ...
estou escrevendo para mim mesmo e posso cortar o que eu quiser. Eu mesmo vou ler e vou
colocar os pedacinhos que faltam nas palavras .... é isso mesmo: vou colocar os pedacinhos que
faltam .. em mim.
Falta e moção, vou lá, ponho um pedicinho de emoção ... e depois? Muita emoção, corto: moção.
Pronto. Tá ficando completo quando ira o e ... para que emoção se se pode ter apenas moção?
Porra ... tá chovendo .... vou tirar as gotas que caem do céu e vou ter um sol para olhar ...
ei, Pedrão, desliga a torneira!!!!!!