sábado, 1 de outubro de 2016

Idade não importa, exporta


Natal, outro/dia/se quer

Impregnado da alegria que exalava, que vertia de seus poros, sorriu.
Dias assim passaram a ser constantes, dias em que nada era tudo, e nada importava.
Antes, nada disso havia. Havia apenas coisas que fazia a penas.
Deveria preservar suas penas para voar, arrancava-as diuturnamente: como pinto pelado se sentia. Era assim, sem um ti, preso ao chão.
Esperava por uma exterioridade que lhe interiorizasse os desejos e o fizesse ávido de vida.

Nada adiantou esperar ... vivia esperando esperanças, mas quando veio a ter esperanças, já não sabia ter esperança.
Agradecia a Fernando, pessoa importante, por ter-lhe ensinado que não havia esperança.
Ostra ... sentia-se uma ostra rejeitada por todos os clientes do vendedor da praia. Uma ostra que voltava sem suas amigas chupadas por lábios ávidos de sua essência.

Insistia em não ter olhos para si...
Morria a cada dia que sentia desejos de ter, em tis, desejos e anseios.
Pobre! Pobre! Pobre!
Osculava a todos e não beijava ninguém ... era assim,
Raso. Não sentia nada além da epiderme ... era assim, epiderme, derme ... verme.
Troglodita consigo ...
Amava a todos e por todos que amava sentia desejos de eternamente. Tinha éter na mente... vivia envenenado de seus exteriores, de fumaças alegres jogadas em baforadas em todas as partes de seu corpo. Por vezes, chegaram à hipoderme, foram sempre hipo...

Então, um dia, dormiu,
Xafetão cheio de fios, sem energia ...
Para nunca mais acordar ....
Ostra morta! Finalmente.
Ressonava ... sentia o cheiro de sua alegria, de sua felicidade.
Travou consigo uma dúvida, um medo, um desejo, um ... Era Orlando, de Virgínia.
Acordou.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

La vem arroz ... cozido.

Natal, um/dia/espacial.

Lembrou-se de que havia vida ... a vida, ávida.
Algo a ser sentido, sem ti. Juro, senti dó!

Voltou-se para si. Se revoltou.
Internalizou, e conseguiu
Externalizar ... mas a casa estava vazia.  

Então, de nada adiantou.
Nada!

Ridículo. Assim pensou-se de si.
Orgulhou-se de sua capacidade de ser assim:
Só. (Já tinha aprendido a mentir para si, se fosse pressilvio)
Enterneceu-se de si. Odiou-se. Ouviu Grace preta, modelo:
When he takes me in his arms 
and whispers love to me
everything's lovely
It's him for me and me for him
all our lives
and it's so real what I feel
Garantia de nada tinha...  
Repensou-se, represou-se. Ainda assim prezou-se.
Amou o momento ...
Ca(n)sou-se com seu próprio sonho.
Esperou que tudo passasse. “Paz, ah se ...”, pensou.

Jamais teve.
Ontem teve. Gostou não.
Não, gostou.
Estava triste ...
Só queria não estar. Triste, né?
… só sei que foi assim.

Post Scriptum:

Mesmo assim,
Antes que tudo seja, aos olhos dos outros,
Insanidade,
Loucura,
Ou, até mesmo,
Nada.

Ouça... há um som, um
Urro!!!!

Foi
Ele
Louco? Reflita:
Isso importa?
Para quem importa?
Eu, particularmente, amigo,

Nego qualquer importância.
Espero que ele seja feliz.
Negue sua tristeza. Porque
Há de ser,
Um dia, cinza jogada no espaço,
Morto mesmo ...

sábado, 24 de setembro de 2016

Ah, drástico!


João Pessoa, 24/09/2016.

Quando tudo parece ser assim, frio,
Um fogo aquece a vida,
Estabiliza, desestabiliza.
Regurgito.

Fico assim, estranho... me estranho.
Umedeço os lábios, sinto.
Desestabilizo.
Espero ... continua ... vá embora!
Resiste.

Falta-me razão.
Ouço sons inaudíveis, espero...
Desespero.
Empalideço.

Crio, de novo, do nada
Amargos sentimentos felizes.
Recrudesço por uns instantes.
Amarro a mim minha alma que insiste em voar.
Luto eu, luta ela.
Hesitamos, ambos.
Oh, caralho! Tudo de novo?!